Desde a informação de que uma cuiteense estaria voltando da Itália para o Brasil, precisamente para Cuité, no dia 09 de março, no exato momento em que aquele país já se encontrava em quarentena e o Brasil começava a receber os primeiros casos de Coronavírus, a Prefeitura de Cuité por meio da Secretaria de Saúde passou a adotar uma série de medidas preventivas e a preparar uma estrutura que pudesse amparar possíveis futuros casos de Covid-19, sendo pioneiro na região na estruturação de um espaço com equipamentos adequados e profissionais treinados.
Além da reforma do centro cirúrgico que não parou em nenhum momento e que caminha para sua fase conclusiva, e que será equipado para posterior funcionamento, o Hospital Municipal foi “dividido em dois”, como pontuou em programa de rádio Dr. Alysson Figueiredo, um dos médicos responsáveis pelo trabalho de combate ao Coronavírus no âmbito do sistema de saúde local. O objetivo dessa divisão foi a criação do chamado “Setor Covid”, pensado e estruturado para receber futuros casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 para o devido cuidado e tratamento.
O atendimento no “Setor Covid” é iniciado pelo “New Fast Covid”, que trata-se de um protocolo de atendimento mais detalhado realizado numa sala de triagem, no mesmo ambiente onde também se realiza a coleta de amostra para realização de exame que detecta a doença, o chamado SWAB, além dos exames laboratoriais e de raio-x que se fazem necessários no processo de diagnóstico e acompanhamento dos casos tidos como suspeitos. Nesse mesmo espaço também são realizados os testes rápidos para Covid-19, os quais, inicialmente, foram colocados à disposição de um público específico, mas que agora com a chegada de mais unidades disponibilizadas pelo Governo do Estado, também são testados em todos os pacientes que tenham sido notificados como caso de síndrome gripal, respeitando o protocolo que estabelece um período mínimo de dias após o surgimento dos sintomas.
“Desde o auxiliar de serviços gerais até a parte médica, todos nós já revisamos os protocolos de atendimento, de acompanhamento e de monitoramento de casos”, disse Dr. Alysson Figueiredo, dando destaque ainda ao treinamento ofertado para os profissionais de enfermagem e técnicos que atuarão no “Setor Covid”, com simulações de possíveis situações para as quais sejam necessárias a ação e intervenção imediata dos profissionais. “Nós vamos salvar vidas? Isso nós não podemos determinar. Mas nós estamos com equipamentos e profissionais aptos para ajudar”, concluiu Dr. Alysson.
O “Setor Covid” entrou em ação no início da última semana, na segunda-feira (20) precisamente, quando foi necessário o acompanhamento hospitalar para um dos casos suspeitos de Covid-19 que aguardavam análise do material coletado. O outro caso, que não apresentava adversidade no seu estado clínico, estava sendo monitorado em domicílio. Na sexta-feira (24) o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (LACEN/PB) enviou o resultado dos exames e os dois casos suspeitos foram descartados por testarem negativo para Covid-19.
A entrada principal do hospital está reservada para acolhimento de pessoas com síndrome gripal ou que sejam consideradas como casos suspeitos. A parte de trás do hospital passou a ser porta principal para casos de urgência e emergência, embora as pessoas devam se conscientizar de procurar inicialmente a Unidade Básica de Saúde do seu setor e não a Unidade Hospitalar do município que, neste momento, tem dado prioridade a demandas mais graves.
O “Setor Covid”, pelo qual são responsáveis Dr. Girlan Fernandes (diretor clínico do hospital) e Dr. Alysson Figueiredo, está atualmente com 4 leitos de Semi-intensiva equipados com 4 respiradores, 4 monitores, 4 aspiradores portáteis, bombas de infusão e 1 carrinho de parada cardiorrespiratória, além de mais 2 leitos de observação. Para os profissionais que estão atuando nesse setor, foi providenciado um espaço chamado de “Staff”, com estrutura para permanência de isolamento, uma vez que estes não podem ter contato com outras pessoas durante todo esse período de atendimento, inclusive, vale lembrar que não há absolutamente nenhum contato entre os profissionais do “Setor Covid” com os que atuam na urgência e emergência do hospital.
ASCOM PMC
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