Isabela Alencar
O que já não serve para ser comprado ainda é aproveitado por quem não desperdiça alimento. Em dias difíceis, a aposentada Maria de Lourdes Ferreira, de 76 anos, encontra na Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) de Campina Grande o tipo de comida que não pode comprar para sua família.
O desperdício gerado lá e em feiras livres da cidade acaba sendo a fonte de nutrição de muitas famílias, assim como de pessoas que são recebidas por entidades filantrópicas e abrigos.
Com sacolas nas mãos e um olhar observador, a aposentada visita a Empasa quase todos os dias, coletando frutas e algumas verduras, que logo passam a ser componentes da mesa de sua família.
“São seis pessoas em minha casa, a maioria crianças e, infelizmente, a minha aposentadoria não dá para comprar tudo o que a gente precisa. Então eu venho aqui para pegar o que não posso comprar. Existe muita comida sendo jogada e basta dar uma 'lavadinha' que tudo fica novo”, disse, sorrindo.
A moradora do Centenário não é a única que frequenta o local, e ela contou que são inúmeras as famílias que recolhem alimentos que seriam desperdiçados.
Outro personagem conhecido pelos comerciantes da empresa é José da Silva, 50 anos, que mora próximo ao local e que há muitos anos recolhe os alimentos.
“Existe muita coisa boa, mas se tiver um defeito, o pessoal não compra. Então os comerciantes acabam jogando fora e é aí que eu entro, recolhendo o que posso. Além da minha família, também acabo distribuindo entre alguns vizinhos”, contou o catador de material reciclável.
MESA BRASIL
A grande coleta fica por conta de um programa intitulado “Mesa Brasil”, realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) que recolhe, em média, duas toneladas de alimentos por dia, somente na Empasa.
O projeto é o único da cidade que recolhe os alimentos que já não servem mais para a comercialização e são distribuídos entre entidades e abrigos de Campina Grande.
Conforme a nutricionista do programa Neyla Menezes, 14 pessoas estão envolvidas com o processo de recolhimento, pré-seleção e distribuição dos alimentos, destinados a 103 entidades que hoje recebem os produtos frescos.
De acordo com ela, a coleta é feita na Empasa e mais três supermercados da cidade, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme o gerente de mercado da Empasa, Marinaldo Elias, o projeto “Sopão”, realizado pela empresa há vários anos, foi suspenso em 2012 em Campina Grande, mas ele não soube explicar o motivo.
No local, que possui 200 comerciantes de hortaliças e frutas, não existe mais projeto próprio para o aproveitamento dos alimentos dispensados na comercialização e não há estimativa do número de comida jogada fora, contudo são cerca de quatro toneladas de resíduos sólidos retirados do local, diariamente.
Na Feira Central
Na Feira Central de Campina Grande, onde segundo o administrador Aguinaldo Batista estão cadastrados até 4.500 comerciantes, é incalculável o desperdício de alimentos, mas também ainda não existe nenhum projeto relacionado às estimativas dessas perdas.
Lá, os catadores também aproveitam para recolher materiais recicláveis, que acabam sendo o seu meio de vida.
A moradora do Centenário não é a única que frequenta o local, e ela contou que são inúmeras as famílias que recolhem alimentos que seriam desperdiçados.
Outro personagem conhecido pelos comerciantes da empresa é José da Silva, 50 anos, que mora próximo ao local e que há muitos anos recolhe os alimentos.
“Existe muita coisa boa, mas se tiver um defeito, o pessoal não compra. Então os comerciantes acabam jogando fora e é aí que eu entro, recolhendo o que posso. Além da minha família, também acabo distribuindo entre alguns vizinhos”, contou o catador de material reciclável.
MESA BRASIL
A grande coleta fica por conta de um programa intitulado “Mesa Brasil”, realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) que recolhe, em média, duas toneladas de alimentos por dia, somente na Empasa.
O projeto é o único da cidade que recolhe os alimentos que já não servem mais para a comercialização e são distribuídos entre entidades e abrigos de Campina Grande.
Conforme a nutricionista do programa Neyla Menezes, 14 pessoas estão envolvidas com o processo de recolhimento, pré-seleção e distribuição dos alimentos, destinados a 103 entidades que hoje recebem os produtos frescos.
De acordo com ela, a coleta é feita na Empasa e mais três supermercados da cidade, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme o gerente de mercado da Empasa, Marinaldo Elias, o projeto “Sopão”, realizado pela empresa há vários anos, foi suspenso em 2012 em Campina Grande, mas ele não soube explicar o motivo.
No local, que possui 200 comerciantes de hortaliças e frutas, não existe mais projeto próprio para o aproveitamento dos alimentos dispensados na comercialização e não há estimativa do número de comida jogada fora, contudo são cerca de quatro toneladas de resíduos sólidos retirados do local, diariamente.
Na Feira Central
Na Feira Central de Campina Grande, onde segundo o administrador Aguinaldo Batista estão cadastrados até 4.500 comerciantes, é incalculável o desperdício de alimentos, mas também ainda não existe nenhum projeto relacionado às estimativas dessas perdas.
Lá, os catadores também aproveitam para recolher materiais recicláveis, que acabam sendo o seu meio de vida.
Conforme o secretário de Planejamento do Município, Márcio Caniello, dentro do projeto de revitalização da feira existe a expectativa de criação de um empreendimento ambientalmente sustentável, com a gestão de resíduos, com várias alternativas de coleta e processamento do lixo. “Podemos estudar a possibilidade de criar alternativas também para dar finalidade ao alimento que acaba sendo desperdiçado no local”, informou.
Fonte: jornaldaparaiba
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